Republica das Bruzundangas

...incapazes, inimigos do povo, malandros, vidas-boa, com bom salario, tudo pago por nós... e ainda pensar que não só estão no poder, como ainda o usam para locupletar-se mais ainda! Só com sangue se tira do poder essa gangue!

10 julho 2006

Hamlet – Príncipe da Dinamarca.

Sexta-feira fui assistir no Teatro São Pedro, minha ex-professora, Ida Celina, no Hamlet. Uma vez que já tinha me esquecido da Calamidade de minhas colegas de teatro, resolvi não repetir a ingratidão com Shakespeare.
  • Atuações boas, figurinos nota 10, cenários... nem tanto.
  • Hamlet
    O ‘filho’ de minha ex-professora esteve bem no papel de Hamlet. Eu me lembro que em certa parte, quando ele pede para a troupe vaudeville encaixar uma parte extra no espetáculo que será encenado no castelo, parece realmente que ele encarna o Hamlet a ponto de quase chorar, a mim agradou bastante.
  • Riso
    Em “O Nome da Rosa”, Umberto Eco questiona se Jesus ria. No caso de Hamlet eu me perguntei se a peça era pra rir, Shakespeare ria? eu quando li, não ri! Seja o que for, apesar de ser uma tragédia, o publico deu algumas risadas no espetáculo pois e, algumas partes, cenas risíveis foram muito bem encaixadas e ficaram muitos bem, não sei se em outras encenações hamletianas o riso é permitido, só sei que a descontração ficou muito bem.
  • Vaudeville
    Pra mim uma das melhores partes da peça. À parte onde a troupe ambulante encena a peça denunciativa dentro do palácio, que lendo Shakespeare fica um tanto sisudo, na peça foi um momento de prazer. A troupe tinha figurinos muitos bem adaptados, e ficou claro seu encaixe dentro da peça como teatro ambulante.
  • Coveiros
    Essa foi outra parte muito boa quanto à descontração. A atuação do coveiro foi um momento impar dentro da peça, a meu ver um pouco melhor que a do ‘vaudeville’, que trouxe a plateia ao riso, e dessa vez não a ponto de riso contido e educado, mas a ponto da gargalhada.
  • Figurino
    depois da atuação dos atores foi o que houve de melhor no Hamlet de Alabarse. Quando li Hamlet era realmente naquele tipo de vestimenta que eu imaginava os personagens, com uma exceção... Ofélia. Como Sahakespere diz que ele flutuou por causa das rendas, ou pregas do vestido, eu sempre pensei que ela usava na época, um vestido rodeado volumoso, e não um caído como a Ofélia da peça estava, mas... Foi uma visão minha, obvio!
  • Cenário
    Sendo os figurinos muito bons, realmente não consegui encaixar dentro da peça o cenário, achei que o dourado real não caiu bem, não tive a impressão de estar dentro de um castelo, e as partes do fundo do palco do teatro que ficaram a mostra não ajudaram. Acredito que cenários mais ‘clean’, tipo Adolphe Appia (só sei quem é, por causa do Sergio Lulkin) ficariam melhor. Mesmo assim ouvi elogios ao cenário.
  • Enfim
    Se eu, que não entendo, não dormi, só me resta parabenizar os dignos encenadores aqui do paralelo 30 de Hamlet, e seja onde quer que esteja Shakespeare, que esteja descansando em paz, pois Hamlet aqui entre nós, esta bem representado.

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