Republica das Bruzundangas

...incapazes, inimigos do povo, malandros, vidas-boa, com bom salario, tudo pago por nós... e ainda pensar que não só estão no poder, como ainda o usam para locupletar-se mais ainda! Só com sangue se tira do poder essa gangue!

25 julho 2006

Projeto Cultural

Disparado um dos projetos culturais mais bacanas do Estado, o Unimúsica, promovido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, está completando 25 anos em 2006. E a comemoração da data será na base de festas e folguedos populares do Brasil. A gente adianta aqui na coluna alguns destaques de shows da programação do projeto, que rola sempre lá no Salão de Atos da UFRGS, em Porto Alegre - vai ter ainda debates, oficinas e uma novidade, o Unimusiquinha.

- 9 de novembro - Baile de Carnaval com as marchinhas clássicas dos anos 30 e 40 com direção do compositor Nelson Coelho de Castro, comentários de Arthur de Faria e Juarez Fonseca, arranjos de Cristóvão Bastos, Toneco da Costa e Luizinho Santos e a participação de Jussara Silveira e Mônica Tomasi, Mário Carvalho, Alex Jardim, Humberto Rosa, Fernando do Ó, Giovani Berti e Ricardo Arenhaldt

21 julho 2006

Acabaram-se as filas...

Quando Lula anunciou o fim das filas na saúde teve muita gente que duvidou e até zombou da promessa do Presidente. Eu, que tenho um filho com problemas de desenvolvimento e que para seu tratamento depende da farmácia popular para tomar sua ‘Risperidona’ diária (2mg de manha e 1,5 à noite) posso agora firmar que, as filas acabaram mesmo!

Pelo menos da fila do remédio não existe uma viva alma.

A razão?

Não tem remédio! Sim!

Desde o dia 30/06 (alguns idosos que eu falei e que voltavam decepcionados me disseram que já estavam esperando há uma semana) até hoje quando escrevo isso, dia 21 de julho, sem remédios. Bom! Eu ainda consegui uma doação do medico que trata meu filho e consegui comprar um medicamento manipulado, e os outros?

Como que para amenizar o sofrimento dos necessitados pela ‘bondade’ do Estado, existe uma serie de 3 telefones, que na portaria os funcionários dão, para ‘facilitar’ o acesso da população a informação (3901100 + 39011004 + 39011005), mas que nunca atendem, alias o mesmo ocorre com o da reclamação do Ministério da Saúde (Disque Saúde 0800 61 1997) que funciona da mesma forma que os telefones de empresas particulares, ou seja, você liga e fica ouvindo mensagens eletrônicas pedindo que você: se tiver problemas de Aids tecle '1', se tem problemas com o time de futebol tecle 4, e assim indefinidamente até que a ligação caia e você desista da reclamação.

Olha! Se tá feia a coisa pra quem necessita só de remédio,

Imaginem quem precisa de tratamento completo pelo Estado.

10 julho 2006

Hamlet – Príncipe da Dinamarca.

Sexta-feira fui assistir no Teatro São Pedro, minha ex-professora, Ida Celina, no Hamlet. Uma vez que já tinha me esquecido da Calamidade de minhas colegas de teatro, resolvi não repetir a ingratidão com Shakespeare.
  • Atuações boas, figurinos nota 10, cenários... nem tanto.
  • Hamlet
    O ‘filho’ de minha ex-professora esteve bem no papel de Hamlet. Eu me lembro que em certa parte, quando ele pede para a troupe vaudeville encaixar uma parte extra no espetáculo que será encenado no castelo, parece realmente que ele encarna o Hamlet a ponto de quase chorar, a mim agradou bastante.
  • Riso
    Em “O Nome da Rosa”, Umberto Eco questiona se Jesus ria. No caso de Hamlet eu me perguntei se a peça era pra rir, Shakespeare ria? eu quando li, não ri! Seja o que for, apesar de ser uma tragédia, o publico deu algumas risadas no espetáculo pois e, algumas partes, cenas risíveis foram muito bem encaixadas e ficaram muitos bem, não sei se em outras encenações hamletianas o riso é permitido, só sei que a descontração ficou muito bem.
  • Vaudeville
    Pra mim uma das melhores partes da peça. À parte onde a troupe ambulante encena a peça denunciativa dentro do palácio, que lendo Shakespeare fica um tanto sisudo, na peça foi um momento de prazer. A troupe tinha figurinos muitos bem adaptados, e ficou claro seu encaixe dentro da peça como teatro ambulante.
  • Coveiros
    Essa foi outra parte muito boa quanto à descontração. A atuação do coveiro foi um momento impar dentro da peça, a meu ver um pouco melhor que a do ‘vaudeville’, que trouxe a plateia ao riso, e dessa vez não a ponto de riso contido e educado, mas a ponto da gargalhada.
  • Figurino
    depois da atuação dos atores foi o que houve de melhor no Hamlet de Alabarse. Quando li Hamlet era realmente naquele tipo de vestimenta que eu imaginava os personagens, com uma exceção... Ofélia. Como Sahakespere diz que ele flutuou por causa das rendas, ou pregas do vestido, eu sempre pensei que ela usava na época, um vestido rodeado volumoso, e não um caído como a Ofélia da peça estava, mas... Foi uma visão minha, obvio!
  • Cenário
    Sendo os figurinos muito bons, realmente não consegui encaixar dentro da peça o cenário, achei que o dourado real não caiu bem, não tive a impressão de estar dentro de um castelo, e as partes do fundo do palco do teatro que ficaram a mostra não ajudaram. Acredito que cenários mais ‘clean’, tipo Adolphe Appia (só sei quem é, por causa do Sergio Lulkin) ficariam melhor. Mesmo assim ouvi elogios ao cenário.
  • Enfim
    Se eu, que não entendo, não dormi, só me resta parabenizar os dignos encenadores aqui do paralelo 30 de Hamlet, e seja onde quer que esteja Shakespeare, que esteja descansando em paz, pois Hamlet aqui entre nós, esta bem representado.